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hey bro

sexta-feira, 1 de agosto de 2008



Parte do meu tempo livre é dedicada aos seriados da tv americana. Como a maioria das minhas séries preferidas estão em recesso, ando caçando outras para sustentar meu vício. Meu nível de abstinência chegou num ponto que comecei acompanhar o Big Brother americano. Incrível como eu nunca tinha visto antes, o formato deles é bem diferente do brasileiro e, pra mim, muito melhor.

Em primeiro lugar, não é diário; são apenas três programas por semana. Por causa disso, fica menos monótono e sacal, dando pra acompanhar tranqüilamente.

Em segundo lugar, a apresentadora tem um papel pequeno e só aparece em um programa por semana, o da eliminição. Que grande exemplo a ser seguido pela Rede Globo... ninguém merece mais o Bial com aquelas piadas horríveis e tiradas ensaiadas e vexaminosas.

Em terceiro lugar, a mais essencial das diferenças: não são os telespectadores que votam para os participantes saírem, mas sim os próprios competidores. No começo achei meio ruim essa característica, isso porque os bonzinhos e os sinceros dificilmente se mantêm no jogo. No entanto, com o passar do tempo, passei a achar o formato americano de eliminação infinitamente melhor. Pois só assim podemos perceber a que ponto o ser humano chega para ganhar dinheiro ou qualquer outra coisa, como atenção. Impressionante a falta de escrúpulos entre os participantes, chega a dar desespero. Um festival de falsidades, frieza e calculismo. Ninguém é realmente o que demonstra ser para o outro. Bem parecido com o que vivemos na nossa vida cotidiana, pena que não temos câmeras nos assegurando de alguma coisa.

Alguns competidores são curiosíssimos e fogem de idéias pré-concebidas:

  • o negro, filho de um pastor foi o primeiro a apunhalar os amigos;

  • a negra, mãe de família dedicada, é uma cobra, saliva veneno;

  • a portuguesa, aparentemente autêntica, é desprovida de caráter;

  • já a loira gostosa que trabalha no hooters e só fala do seu cachorrinho de estimação é a mais verdadeira e a única que teve coragem de enfrentar todos.



mas outros esterótipo resistem:

  • a loira platinada peituda é uma biatch de primeira;

  • o fisioculturista é um otário narcisista e acéfalo;

  • o cowboy de rodeio gay é um querido e carinhoso.



Tenho me deliciado demais com os episódios dessa que é a décima temporada do programa, vou assistir ao número 9 agora.
Big Brother é divertidíssimo, e se ele produziu alguma coisa de ruim nesses anos de existência foi o séquito de pessoas que batem no peito cheias de orgulho por não assistirem a tão popularesco e degradante programa... ah, que povinho mais bunda.

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